Nota do Autor:
No nosso trabalho com centenas de empresas familiares em todo o mundo durante a última década, vimos alguns padrões claros no que faz a diferença entre as empresas familiares que continuam a prosperar geração após geração e as que se desviam do seu rumo. Neste artigo, originalmente publicado na revista Harvard Business Review, capturamos algumas das nossas mais importantes percepções sobre o que faz uma empresa familiar perdurar através de gerações. A chave, tal como discutimos, é compreender e exercer os 5 direitos dos proprietários.
– Josh Baron & Rob Lachenauer
Dado o seu retrato nos meios de comunicação social, pode ser fácil se enganar que as empresas familiares são focos de jogos de poder, favorecemimentos, e traições -preocupações que podem prejudicar a empresa, a família, ou ambas. Pense nos Murdochs e NewsCorp, ou nos Redstones e na National Amusements, para citar apenas dois casos. Mas, apesar dos contos de fracasso, muitas empresas familiares têm tido sucesso durante décadas, ou mesmo séculos. Por exemplo, a fabricante de vinhos italianos Marchesi Antinori, criada em 1385, prosperou como empresa familiar durante mais de 600 anos. Exemplos semelhantes podem ser encontrados em todo o mundo apenas dentro do negócio de bebidas álcoolicas; incluem Gekkeikan no Japão (fundada em 1637), Berry Bros & Rudd no Reino Unido (1698), e Jose Cuervo no México (1795).
Então, qual a realidade? As empresas familiares são propensas a implosões dramáticas, ou são algumas das empresas mais duradouras que existem? A resposta é: ambas. Podem ser muito mais frágeis ou muito mais resilientes que empresas não-familiares. Dado que as empresas familiares – empresas em que dois ou mais membros da família exercem o controle, representam concomitantemente ou sequencialmente 85% das empresas mundiais, é essencial assegurar a sua longevidade. Só os Estados Unidos têm 5,5 milhões destas empresas, que empregam 62% da força de trabalho, de acordo com o grupo de investigação e advocacia Family Enterprise USA.
Para explicar a diferença entre estes dois destinos, vamos mergulhar numa área raramente explorada nas escolas de negócios ou nos meios de comunicação social: o impacto da propriedade no sucesso a longo prazo de uma empresa. A propriedade de qualquer bem confere o poder de o moldar fundamentalmente. Pense numa equipe de esportes profissional. Dentro das regras da liga, o proprietário tem o direito de tomar essencialmente todas as decisões importantes, incluindo se deve despedir o treinador, quais os jogadores que estão na lista, onde a equipe joga, se a franquia procura maximizar as vitórias ou os lucros, e se e quando deve vendê-la. As equipes com os melhores registros de performance têm grandes proprietários no comando. Se a sua equipe favorita tem um proprietário ineficaz, ela está provavelmente condenada à desilusão.
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Originalmente publicado na Harvard Business Review Magazine, Janeiro-Fevereiro de 2021.
Resumo: A julgar pela forma como são retratados nos meios de comunicação social, seria fácil julgar as empresas familiares como focos de jogo de poder, traição e favoritismo, destinadas a falhar; pense nos Murdochs e a News Corp, ou nos Redstones e National Amusements, para citar apenas dois. Mas muitas empresas familiares têm tido sucesso durante décadas, ou mesmo séculos. Os autores exploram cinco aspectos da propriedade que são cruciais para que uma empresa familiar prospere ou pereça: o tipo de propriedade (seja um único proprietário, uma parceria, ou outro acordo); a estrutura de governança; como é definido o “sucesso”; que informações os proprietários comunicarão (e não comunicarão) a outros membros da família e partes interessadas; e como lidar com a transição para a próxima geração.